Subi em uma escada móvel no jardim, tenho 1,70 de altura e braços bem compridos… e tive que subir até o último degrau pra colher a única rosa que estava no galho mais alto da imensa roseira do jardim.
Ela brilhava lá em cima, quase que como os dentes de um belo sorriso.
Eram quase 17h e eu precisava preparar uma bacia com pétalas de flores para participar da aula de dança do ventre meditativa online.
Preparei um altar pequeno com Ganesha, Afrodite, vela aromática, incenso de massala, cristais e coloquei óleo essencial dentro da bacia.
Mais uma vez a rosa sorriu pra mim, quando eu delicadamente misturei o óleo na água com meus dedos. Agora as pétalas haviam se desagrupado e dançavam livremente junto comigo. Percebi que espontaneamente eu também sorria…
Foi aí que eu comecei a entender que eu sorria pra mim… afinal não havia ninguém ali comigo.
Percebi que preparei um espaço com tudo de mais precioso e sagrado que tenho… pra mim.
Que subi numa escada pra pegar uma rosa… pra mim.
Que acendi uma vela novinha aromática e um incenso indiano… pra mim.
Eu não me lembro de ter vivenciado algo tão simples e tão profundo.
Danço há muitos anos e de verdade, não me lembro de sentir tanta liberdade na dança.
tanta liberdade no meu corpo.
Que saudade me deu do mar!
De quando eu imitava uma sereia… ondulando todo meu corpo… que saudade de mergulhar e depois dar um impulso pra subir até a superfície de volta. 
Como eu me sinto bem no mar! Na água!
Que saudade!!!
Senti que encontrei minha liberdade interna nessa simples dança. Liberdade de mover meu corpo com o que há de verdadeiro nele.
Imaginei que estava no fundo do mar e que meus braços eram as algas marinhas atrapalhando a minha visão.
Imaginei que elas tocavam meu corpo … vocês já sentiram isso alguma vez? Algas marinhas deslizando pelo seu corpo?
Agradeço à Aysha Almeé por me ajudar a trazer beleza a estes momentos e a torná-los mais leves e cheios de amor e dança!
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Kesha Terapias 